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O jovem promovido carimbava requisições de materiais no almoxarifado para o controle dos pedidos de alumínio e aço que lhe impulsionavam o cotidiano enquanto respirava o pó que em-pretejava sua gola e seus punhos de camisa na repetida firma de seu dia a dia, ele de tão delicado, aos trancos carimbava seus reclames do excesso de pedidos sem assinatura que ele rejeitava para o honesto serviço do progresso. Apesar de funcionário novato já era a hora certa de reclamar ao chefe o que ele não podia aceitar: requisições que pediam de mais, parafusos e molas em quantidade absurda num papel sem assinatura que ele no computador não poderia lançar, mais fácil usar a boa e velha caneta que escrevia as peças nas fichas de inúmeras gavetas enfileiradas num arquivo de fichário cinza e enferrujado, lá tudo se pode concertar no próprio punho para a caneta cega que refaz as contas sem ofender ninguém. "engenheiros irresponsáveis ou operários analfabetos que não pensam no que é certo ou que não sabem escrever o nome" Calma, dizia o chefe, no final do mês a conta fecha. olhe, abriu sorrateiramente a porta do setor e mostrou para impressionar o jovem feminino uma imensa garra comandada pelo motorista que do alto da torre descia a mão de aço que tomava a sucata de alumínio e ferro. mas impressionante mesmo era o imã que com seus cabos de aço desciam próximos aos vagões lotados e como mágica fazem flutuar toda a sucata até o gigantesco forno, queimava em alto grau derretendo todo o material para fabricar o aço em lingotes flamejantes vermelhos e alaranjados, fogo que transforma o sucesso no progresso de toda nação. lindo, ou não. Só o ferro e o fogo não basta, pois não são capazes nem de assinar para assumir as atas, um dia tudo sai do controle, pensou o jovem auxiliar de escritório 2, número registrado para diminuir seu salário. Eu assino, disse o chefe. Então assina, disse o rapaz, assim, o rapaz debruçou-se sobre a mesa como uma secretária, curvou-se apoiando os cotovelos, enquanto o chefe em vez de assinar as requisições de materiais tocou suas nádegas, assinava com as mãos, os dedos, colocou um, dois, e depois a língua, fartou-se entre as pernas como quem lambe os lábios de uma vagina. sentiu o gosto de comer uma bundinha jovem e lisa, abriu a gaveta e retirou uma calcinha negra e um belo vestido rosa, vestiu no jovem menino que estreava seus 18 anos abraçando seus mamilos, virou ele sobre a mesa, mas pensou que era cedo para isso, então ajoelhou o jovem no velho assoalho que com suas mãos sujas de carbono roxo engoliu o pênis do chefe como uma, duas, três vias, de um registro feito de saliva, escorreu pelo canto da boca que mal fechava, pelo pênis largo e grosso até a garganta silenciando o gosto, a fala, senão pelo joelho no velho assoalho que rangia, nunca foi trocado, madeira tão antiga quanto a poeira daquela firma. Insistiu o chefe, deitou o menino como uma menina sobre a mesa que abria as pernas para ser penetrado como um lingote de aço... foi. Respirou com o pênis dentro o ir e vir de um sentir em demasia. deu uma última estocada beijando-lhe a boca, os mamilos, as coxas... e ejaculou, ...livre! Então, descansados, perguntou: é sempre assim, você menino de menina. -Sim. -E não faz o papel de macho? -Não, que pergunta indecente. -Por que, você é crente. -Não, eu apenas sinto assim. -Assim como? -Feminina. -Como um menino de menina. -Não, como um rapaz de alma feminina, eu sou ele de ela com minhas botas negras, pretas, é o negro que me revela. -E você assina. -Não, alma não se registra, senti. -E o que garante que o teu sentir é de menina? -Nada, talvez por convicção. -Então você também como os operários desta firma não assina. assim, o chefe apagou a luz do setor, olhou para o computador com tristeza de um progresso que logo substituiu os fichários, mandou embora os funcionários junto com suas convicções no kardex-almoxarifado e ainda trocou os tornos mecânicos por tornos computadorizados, desistiu o jovem do seu curso de processamento de dados e foi estudar teatro, mas até hoje, como cultura-funcionária de um funcionário, vive no pulmão do jovem promovido, mais do que a alma feminina: "o velho pó de aço".
Comentários
Com sua permissão apoderarei deste seu conto para compartilha-lo no Enfim ... com os devidos créditos ao autor e a seu blog ... posso?
beijão querido
bjão
Perfect...
Viajei aqui no conto... Muito bom...
Abraços garotão!!!!!!!!