Diagnóstico da paciente paciência / 2019






Nasceu, e se o capital se acumulou sobre o outro como uma coluna que se ergueu, compreender o divino eu, Deus, sem o bem coletivo, eis o problema, não compreender o "di" de dois separados como uma sílaba que se passa por prefixo do diabo, eis a doença, já o merecimento não tem centro, é fita muito extensa, experiência, que não é apenas o dia que passa, mas passa, então aprenda, ser do bem coletivo sem ser um problema, pois desconfio que não precisa de cura para o sagrado, apenas a vida que segue como uma linha reta que é o homem debaixo do arco, fé sem igreja, atirou a pedra no princípio do espaço e a gravidade de não saber a constante da velocidade que multiplica sua célula no útero de nossas vaidades, desequilibrastes a doença, que existe sem o vírus e o vírus sem a doença, estranha contrariedade, linguagem, mas o relógio de Oxóssi é certeiro, tem a flecha como um ponteiro, apontado para a gene que é só a receita, a velocidade para a divisão do bolo e que é a cura para a doença, então quando encontrares o vazio do tempo e do espaço, no tripé da santíssima trindade, temos três ângulos que desfazem a ilusão da velocidade,  e outro bem no centro variando os ângulos  da massa do teu átomo, o tempo zero que não será o fim e nem o começo, pois só será o meio, que sem sabedoria é a morte, dependendo do que você entende por passamento, já que da eternidade que nós merecemos temos que saber o que fazer sendo tão extensos.

E se somos tão extensos tendo a eternidade como tempo, melhor ajeitar o foco de tua máquina, fotográfica, ajuste a lente de teu olho quando olhares o outro olho de teu corpo, pois dois olhos se vêem como quem vigia a lente gelatinosa de uma célula, e o núcleo, variante que informa que a proteína é o combustível do carro, não é o carro, e o RNA do DNA informam os elementos da receita do bolo, mas não dirigem nada, o motorista é o rim, ele separa o joio do trigo, a dinâmica dos filtros, pois entre o fígado e o rim temos uma grande jogada, ela é sábia, porém o cérebro é que ficou famoso, media o fóssil reptiliano da medula óssea da espinha por centenas de milhares de vidas, ânus, trocadilho repetido, mas é a saída pela corrente dos excessos de tuas toxinas, vivas, por que não há nada na natureza divina que tenha ação inanimada, aja, como age o teu olho, inverta a imagem na retina cruzando a luz de teu paradigma, fóton, pois o xis é a dinâmica de uma esperta medida, o homem, fractal, feito de triângulos, célula pontiaguda que se divide ligada ao reto na base de um tripé que varia o equilibro de seus ângulos, e outro interno dividido bem no meio que é o tempo zero, o ponto, que se estica como um cano reto até encontrar a célula triangular, desequilibrando. Então mude o teu paradigma: é de baixo para cima e não de cima para baixo com quer o cérebro de uma utopia.

Mas o que é em baixo, o que está em cima, qual é a frente em relação ao ponto de referência da física,  se o universo tem o caos como paradigma, seria por isso que o fígado cozinha o feijão antes de ter sido separado pelo rim que controla quem sai e quem fica, com seu funcionário reto que se enrola feito uma tripa, então pergunte para sua mãe que isso é a matéria da filosofia, mãe de todos os paradigmas, ensina: a pergunta correta é a que faz a saúde da tua resposta empírica; saiba ler, como eu vejo na tela do meu córtex visual a imagem da fenda, organizando açúcares e farináceos espiralados se enfileiram como rocamboles de supermercado, é engraçado, a luz das organelas que só se propaga em linha reta encontram a lente de outra célula e cruzam suas linhas como um xis invadindo os tecidos do teu corpo, cromossomos, por que somos de cor, de luz e de tempo, na tecnicidade do grego, um xis iluminado informando teu tecido no espaço, terra frágil, bio-física que precisa de uma fórmula que indique qual é a velocidade razoável. Então, eu digo que xis é igual a variação do espaço subtraído do tempo sobre o vetor da velocidade, o gameta, assim a chave na fechadura que se fecha é a mesma da porta que se abre, na ficção de minha realidade, e eu, tranquei essa porta que ninguém mais abre. E para concluir se eu misturo biologia com física, química com sociedade é por que este meu texto tem o zeitgeist, espírito do tempo das ciências de minhas literariedades.

E se minha literariedade aflora na flora de um símio feito um Zangbeto que se apoia em sua lança como um eixo,  por que sei que sua palha gira como fibra que espalha seus esporos no caos de fungos e leveduras, por que toda doença quando cruza, tem a simetria da geometria da cura. então seria razoável que o homem, ou um besouro rinoceronte fossem o macaco considerado por que nenhum ser está tão longe da forma que um dia seu cromossomo não tenha sido inspirado, seja pelo vento da evolução ou na luta de sentidos contrários, então seja paciente na ordem da desordem de sua impaciência. pois não há vacina que decole e depois pouse num bem que dure para sempre como não há mal que permaneça, já disse o ditado, e do roedor ao inseto voador, todo vetor busca uma saída. Então busque a sua, seja humilde por que a função da humildade é manter-se lúcido diante da doença: por isso vacine-se pelo teu bem que o mal não permanece e depois encontre o que procuras: o mar, por que a hélice é da gene e é por isso que a raia voa, meu poético cromossoma, e se achas minha poesia esquisita, o que eu direi de um cientista que engorda porcos depois de tanta pesquisa, e assim sugiro uma mudança de postura, a utopia de minha distopia: e esta seria minha última linha se eu não estivesse tão disposto para a futurologia.

Toda entomologia com sua engenharia de voo, voa no futuro tempo, capta com seu aparelho os esporos que ainda não tocaram a terra enquanto as orelhas de pau ouvem suas úmidas sobras, decompõe o  passado na osmose da enfermidade da cura, adoecendo, por que o ponteiro é o vetor mas não dá hora, quem dá a hora é o relógio inteiro, na sua velocidade do meio, uma luz é aparelho, escolhe quem vai e quem fica numa flutuante dosimetria,  então use a digital do seu dedo, tecido fino que toca a tela na altura do pescoço e registre nela o desequilíbrio da impaciente célula,  por que goste ou não o nosso destino é ser fígado, rim e intestino, até que um fungo numa sociedade de consumo acabe nos consumindo, seremos só indício e não prova, a prova é que a borboleta pousada feito um xis sobre uma linha reta faz o cromossomo bater às asas, variando o espaço de seus ângulos, e no ápice da gravata que se abre e que se fecha, em relação à reta, temos a diferença dos triângulos, o traço: a cura, a projeção ortogonal de sua postura, por que espero que até aqui tudo que eu tenha escrito já tenha ocorrido, como a aranha e seu espelho que reflete a teia, reflita e pensa, que do hormônio, dá cognição e da vontade de potência, por enquanto somos só humor, filosofia e desejo, metabolismo de resistência, esta é a saúde de um antigo grego: a paciente paciência.

A paciente paciência da aranha eletromagnética protege com seu espelho da sementeira ultravioleta que o sol de Oxum revela, tempestades solares desequilibrando o mar de ozônio na desordem do comprimento da onda que surfam cianobactérias da água da terra, a cor invisível de nossa inatingível consciência, não pondera os excessos do antídoto que é o veneno pela dose, por que a vitamina d não nos absolve, decaímos, feito onda vertical no horizonte como partícula, e o infravermelho que é silenciosa cor do espelho, ofende nossas sinapses criando a esquizo afetividade bem na base da célula azul de cor violeta,  entenda, o delírio que é a pirâmide grande com centenas de milhares de pirâmides pequenas, a teia, carregas, os íons de tua célula com vontade de potência, a árvore, foto síntese de tuas humanidades: és planta e não te separes; seja análogo, mas não use o fármaco como remendo, assuma a causa e não somente o sintoma da doença. já que o silêncio não é saúde, orai e vigiai o que tu pensas. E se tu lembras que o homem com sua próstata é o ovário masculino que protege a hereditariedade, enquanto  o ovário feminino guardas o futuro do passado que faz o verbo da linguagem, é por que a medicina do teu arco-íris colorido não está mais pela metade e entendestes a gravidez da gravidade: a meiose da mitose da velocidade.

A velocidade Darwiniana do homem que melhor se adapta é máscara, representa  o pássaro que se ilude quando pousa localizado,  ignora a amplitude de suas asas, por que os pés estão no dorso e a asa é perna que caminha provocando a física clássica, esquisita metáfora, metáfora que não digere a crise de ansiedade da doente estratosfera, o pássaro é desvio na heterose das anomalias da magnetosfera, quando o estômago era  o rim da terra, registram o ideal herbívoro, de metabolizar o claro e o escuro do mundo, na presente pangeia, ainda é fóton e síntese como lente fotográfica de uma célula, o delírio esquizo de um terremoto na verdade é registro histórico, mesozoico, então a digestão ideal é o rim que deu à luz para um panda, sem enigma, já que o metabolismo alcalino de reto curto ejeta rápido e seguro o fértil dia seguinte. mas todavia o estômago do homem é que seria o desvio, separa o zero do um, mas se esquece que um dia, o um foi zero, concomitantemente,  pois um dia o progresso do níquel consumirá o nitrogênio alterando os ângulos da luz de um universo plano, o retângulo que virou triângulo, hoje a matéria escura é curva de efeito como minha literatura que pergunta: o homem é produto do meio ou o meio é produto do homem, respondo que são os dois, ou seria, o quatro, que multiplicado por dois é o oito deitado: símbolo da eternidade, reciclagem, como escreve uma caixa dentro de outra caixa como a ciência dentro da ciência, para tornar o Pathos da paciência ciente que o meio ambiente é o verdadeiro paciente.

Pacientemente escrevo em sete blocos de uma chuva ácida, sou traço no sol que vira uma vela de preto velho que ascende verticalmente e apaga, estica o seu pavio preto como tubo de carbono escuro, buraco negro, que atrai a esfera da terra numa órbita espiralante como mola propulsora descendente, será infelizmente, que a terra encontra a branca cera de nitrogênio e achata, seremos um escudo zulu de duas pontas, sim, como uma crosta fina da tragédia de uma unica folha, que um dia, pacientemente, a paciente paciência, morre e acaba.                          


                                                                                                      Júlio César S. de Paiva 2019 

Comentários

gogo1 disse…
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